Grande paciência é necessária para suportar a linguagem da indiferença, que muitos dos batizados na Igreja Católica têm pela Santa Missa: eles exalam ateísmo e são o veneno contra a devoção e piedade. Pensam eles: “Uma Missa a mais, uma Missa a menos, que diferença faz…”, “Já é bastante assistir a Missa aos domingos”, “A Missa de tal padre dura tanto como se fosse uma Missa de Semana Santa, quando é ele que surge no altar, eu geralmente saio da igreja”. – São Leonardo de Porto Maurício.
Sabeis o que é, na realidade, a Santa Missa?
Ela é o mais Augusto, mais Excelente e Totalmente Santo Sacrifício. Consiste em ser essencialmente, e no MAIS ALTO GRAU, IDÊNTICO ao que foi oferecido por Jesus CRISTO, no Calvário, cravado na Cruz. O mesmo santíssimo ato que se realizou outrora no Calvário, na Santa Missa se renova.
Não é uma simples representação, que se faz, mas sim, o MESMO sacrifício oferecido sobre a Cruz, com efusão de sangue e que se renova de modo incruento (sem derramamento de sangue).
É o mesmo Corpo e Sangue, o mesmo JESUS, que se imolou no Calvário, agora se imola hoje na Santa Missa. Assim o SACRIFÍCIO CRUENTO foi o MEIO de nossa REDENÇÃO, e o SACRIFÍCIO INCRUENTO nos proporciona as GRAÇAS de nossa REDENÇÃO. O Sacrifício da Santa Missa é o mesmo Sacrifício da Cruz, e não uma simples cópia.
O Padre Celebrante
O padre que celebra, não é somente um sacerdote humano, mas a pessoa adorável de Nosso Senhor Jesus Cristo. É ELE o principal oferente, não só porque instituiu este Santo Sacrifício, e lhe dá por seus méritos a eficácia, mas porque se digna em cada Santa Missa e para nosso benefício transubstanciar o pão e vinho em seu Santíssimo Corpo e Sangue.
Quando vemos o celebrante no altar, saibamos que sua maior dignidade é ser o ministro deste Sacerdote Invisível e Eterno que é o nosso REDENTOR. Mesmo que o padre celebrante, seja um pecador, o Sacrifício não deixa de ser agradável à Deus, visto que o principal oferente é Jesus Cristo, o padre é seu simples ministro.
Os Fiéis que assistem
Os que assistem a Santa Missa não fazem apenas o ofício de assistentes, mas também o de Celebrantes, e pode-se chamá-los sacerdotes: “e deles fizestes para nosso Deus um reino de sacerdotes, que reinam sobre a Terra”. (Ap 5,10)
Voltado para os fiéis, o sacerdote diz: “Orai, irmãos e irmãs, para que o nosso Sacrifício seja aceito por Deus Todo – Poderoso”. Estas palavras, que o sacerdote profere, é para dar ao fiel a entender que, embora desempenhe ele o papel de Celebrante Principal, todos que ali assistem, com ele oferecem a grande vítima. Quando se assiste a Santa Missa, os fiéis fazem, portanto, de certo modo, o ofício de sacerdote.
Participar de bom grado
Sabendo de tudo isso, ousaria de agora em diante assistir a Santa Missa, sentado tagarelando, olhando de um lado para o outro, cochilando, recitando de má vontade umas preces vocais, sem levar em conta o ofício da responsabilidade que deveria exercer, o Ofício de Sacerdote? Como é possível permanecer ante os altares com espírito distraído e o coração dissipado, num momento em que os Anjos e Santos se absorvem em admiração e temor à vista de tão maravilhosa obra?
Como estamos indo ao Calvário?
Quando vamos à Santa Missa (Santo Sacrifício), pensamos que vamos assistir a Morte de Jesus Cristo Redentor ? Que diria alguém que visse chegar uma pessoa numa atitude tão pouco modesta, vestindo – se de maneira vergonhosa? E que se dirá daquele que vai ao Santo Sacrifício como se fosse à uma festa mundana? Que aconteceria, sobretudo, se profanasse este ato tão santo com gestos, risadas, cochichos, encontros sacrílegos, ou mais graves sacrilégios por pensamentos, palavras, ou atos?
Dar a Deus o que é de Deus
Em qualquer tempo e lugar, a iniquidade não tem cabimento, mas os pecados que se cometem na hora da Santa Missa e na proximidade do altar, atraem para si a maldição de Deus: “Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor”. (Jr 48, 10).
Vamos Refletir ?
Portanto meditemos seriamente de como estamos nos comportando e as atitudes diante das coisas de Deus, para que façamos TUDO por ELE para ELE, com amor, zelo, devoção e carinho. Foi pago um preço muito alto por nós, a MORTE DO FILHO de DEUS, para que possamos ter o direito da VIDA ETERNA.
Jesus não merece o nosso desleixo! Vamos dar à ELE o nosso MELHOR porque ELE DEU a VIDA por nós! ELE está sempre esperando o nosso AMOR.
Texto:
São Leonardo de Porto Maurício, As Excelências da Santa Missa: cap1, pag 11 à 17
(conforme edição Romana de 1737).
Adaptações e Reflexão:
Equipe de Redação.
Vídeo: Professor Felipe Aquino
Neste livro, o Cardeal Raymond Burke analisa a beleza e o poder da Sagrada Eucaristia, à luz dos ensinamentos de São João Paulo II e Bento XVI. Em linguagem simples e esclarecedora, o Cardeal nos guia pelo Magistério da Igreja, revelando a importância do Santíssimo Sacramento na vida dos católicos, que pela Eucaristia podem vivenciar a doação que Jesus faz de si mesmo. Esta obra é um verdadeiro tratado espiritual sobre o mais extraordinário mistério da fé católica.