Santa Inês nasceu na cidade de Praga, em 1208, filha de Otocaro I, rei da Boêmia, e de Constança da Hungria, sendo portanto parente de Santa Isabel da Hungria. Santa Inês foi educada pelos monges cistercienses e, desde cedo, resolveu consagrar-se inteiramente a Deus.
Jovem e bonita, teve muitos pretendentes, mas seus planos de vida eram outros, e por isso a todos os pretendentes ela recusou a mão. Pedida em casamento pelo imperador da Alemanha, Frederico II, que havia ficado viúvo, e que era considerado um dos homens mais poderosos do século XII, ela rejeitou o pedido, alegando que já se havia consagrado a Cristo. Tendo em vista as pressões para que aceitasse casar-se, Inês entregou-se mais ainda às orações e pediu a ajuda do Papa Gregório IX que a apoiou e conseguiu convencer Frederico II a desistir do casamento.
Livre para seguir seu caminho, Santa Inês desfez-se de sua fortuna para dedicar-se de corpo e alma ao serviço dos mais pobres e humildes para os quais construiu um hospital. Fundou também dois conventos, sendo um para os Franciscanos e outro para as irmãs Clarissas, com o nome de convento de São Salvador. Para este, Santa Clara de Assis que nutria por Santa Inês de Praga uma profunda e fraterna amizade, enviou cinco religiosas. Em 1234 Inês ingressou nesse Convento onde, algum tempo depois, com muita relutância, aceitou o cargo de abadessa para o qual fora eleita. Santa Inês de Praga foi uma mulher de muita oração e ao mesmo tempo uma mulher ativa e preocupada com os problemas de sua época. Sua santidade foi coroada com o dom de milagres. Morreu no dia dois de março de 1282.
O mundo de hoje, ávido de riqueza e de prestígio, tem enorme dificuldade para entender a opção de alguém que, tendo a oportunidade de viver no fausto e na opulência, escolhe uma vida de simplicidade e total despojamento. O mundo de hoje, sedento de poder e de autoridade, tem dificuldade de entender a opção de alguém como Inês que, tendo um reino à sua disposição e milhares de súditos a seus pés, prefere viver como uma humilde serva aos pés de Jesus e, na pessoa dos últimos e deserdados da sociedade, servir a Jesus Cristo, o verdadeiro Rei do Universo.
Santa Inês de Praga, rogai por nós!
Texto: paroquiadesaopedro
Vídeo: Padre Guido Mottinelli
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O tema do pudor é, mais do que nunca, um tema urgente. Salvaguarda da intimidade pessoal e fonte do respeito pelo próprio corpo, esta virtude permite ao ser humano – à mulher e ao homem – ser integralmente humano; quando está ausente, degrada-se não somente a sexualidade, mas todo o conjunto de valores em que a pessoa se apóia. E por isso o pudor reveste-se, também para a vida social, da discreta eficácia dos alicerces.