São Marino era oficial do exército imperial em Cesareia da Palestina. Por seu profissionalismo e coragem, foi indicado para ocupar o cargo de centurião romano. Enquanto aguardava a cerimônia de sua promoção, um dos convidados, queria estar no cargo. Então, mencionou uma antiga lei, onde para assumir o cargo era preciso antes sacrificar aos deuses. Imediatamente, Marino revelou publicamente que não poderia fazer isso e professou sua fé. Pela admiração que muitos tinham por ele, deram três horas para escolher entre apostatar da fé ou morrer.
Ao sair do tribunal encontrou o bispo Teotecno que conversou com ele e o levou a uma igreja. Aos pés do altar o bispo colocou-o entre uma espada e uma Bíblia e mandou que escolhesse. Não titubeou, escolheu a Bíblia. O bispo o abençoou e ele saiu todo feliz e pronto ao sacrifício. Foi imediatamente condenado à pena capital. Sem demora foi executada a sentença.
São Marino, rogai por nós!
Texto: Sagrada Família / Edt. Paulus
Vídeo: Padre Guido Mottinelli
Este primeiro volume tem o fascínio de debruçar-se sobre os primórdios do cristianismo, quando quase se sente ainda o alento da presença física do Mestre. Observamos a constituição da Igreja, os seus ímpetos iniciais e os dilemas que teve de resolver desde a primeira hora, o seu assombroso crescimento e desenvolvimento sob a ação do Espírito vivificador. Uma terceira raça, que se desprenderia do judaísmo e se oporia ao paganismo, insere-se agora nos rumos da História, não sem embates dolorosos que se estendem, sangrentos, até o advento de Constantino. Ao longo dos primeiros quatro séculos, o período abrangido por este volume, vamos acompanhando a ação dos Apóstolos, principalmente dessas colunas da Igreja que foram São Pedro e São Paulo; a gesta de sangue dos mártires; o perfil dos grandes santos e dos primeiros forjadores das letras e das artes cristãs; o desenrolar do culto, da liturgia da Missa e da piedade; a formação dos quadros – sempre dentro do marco de uma sociedade que vemos desagregar-se numa lenta agonia, numa exaustão que talvez se esteja repetindo nos tempos atuais, mas que, também como hoje, se abre em última análise à esperança da ´revolução da Cruz´. É todo um processo de revezamento, a que não faltam as sombras dos conflitos internos e o claro-escuro dos erros que se prenunciam.