Constantino é nome premiado com muitos que o honraram. Começando com o imperador Constantino, cujo culto se estendeu lentamente por todo o Oriente e a festa era junto com a mãe dele, santa Helena. No Ocidente seu culto não se difundiu a não ser na Sicília, Calábria e Sardenha.
Hoje a Igreja latina celebra outro Constantino. Também este foi rei e coroou sua atribuladíssima vida com o martírio. Da obscuridade da Idade Média ele emerge para impor-se à devoção dos cristãos, especialmente da Grã-Bretanha e da Irlanda. Não começou bem a vida. Maculou-se com várias culpas inclusive com assassínios e sacrilégios. Para ficar mais livre no seu mau comportamento público e particular divorciou-se da legítima esposa. Converteu-se, porém, ainda jovem e mudou radicalmente de vida. Renunciou ao trono e para fazer penitência das culpas cometidas ingressou no mosteiro inglês de Rathan.
A vida monacal inglesa estava em pleno desenvolvimento, iniciada com a pregação de são Patrício e continuada através dos muitos santos. Sob a direção de são Columbano, o ex-rei Constantino, ordenado sacerdote depois de sete anos de vida austera no exercício da ascese cristã e no estudo da Sagrada Escritura, voltou à Escócia, desta vez não com as insígnias reais, mas debaixo das humildes vestes monacais, para pregar o Evangelho. Foi nesse período que o país dos Pitti se converteu ao cristianismo, assumindo o nome de Escócia, que até aquela época pertencia à Irlanda.
Constantino tinha ido edificar o reino de Deus na terra que tinha sido o palco de suas extravagâncias e culpas, já apagadas pelo perdão de Deus e pelo eficaz testemunho de amor a Jesus Cristo. Colheu a palma do martírio na Escócia onde foi trucidado pelos fanáticos pagãos, consequência das suas pregações nas praças públicas.
São Constantino, rogai por nós!
Texto: Editora Paulus
Vídeo: Padre Fernando Santamaria
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Este primeiro volume tem o fascínio de debruçar-se sobre os primórdios do cristianismo, quando quase se sente ainda o alento da presença física do Mestre. Observamos a constituição da Igreja, os seus ímpetos iniciais e os dilemas que teve de resolver desde a primeira hora, o seu assombroso crescimento e desenvolvimento sob a ação do Espírito vivificador. Uma terceira raça, que se desprenderia do judaísmo e se oporia ao paganismo, insere-se agora nos rumos da História, não sem embates dolorosos que se estendem, sangrentos, até o advento de Constantino. Ao longo dos primeiros quatro séculos, o período abrangido por este volume, vamos acompanhando a ação dos Apóstolos, principalmente dessas colunas da Igreja que foram São Pedro e São Paulo; a gesta de sangue dos mártires; o perfil dos grandes santos e dos primeiros forjadores das letras e das artes cristãs; o desenrolar do culto, da liturgia da Missa e da piedade; a formação dos quadros – sempre dentro do marco de uma sociedade que vemos desagregar-se numa lenta agonia, numa exaustão que talvez se esteja repetindo nos tempos atuais, mas que, também como hoje, se abre em última análise à esperança da ‘Revolução da Cruz’.