03/10-Santo Dionísio Areopagita

A data de hoje é consagrada ao Areopagita, sendo o outro Santo, festejado no dia 09 deste mês, o primeiro Bispo de Paris. Interessante é o caso dos dois Santos com o nome de Dionísio, venerados pelo cristianismo.

Os cristãos sempre sofreram intensas perseguições, chacinas e saques durante o transcorrer dos séculos, principalmente no início da formação da Igreja. Tanto, que muitos dos escritos foram queimados ou destruídos de outra forma. Por isso, a memória da Igreja, às vezes, tem dados insuficientes sobre a vida e a obra de santos, e mártires do seu passado mais remoto. Para que essas poucas evidências não se perdessem, ela se valeu das fontes mais fiéis da literatura da mundial, que nada mais são que as próprias narrações das antigas tradições orais cristãs preservadas pela humanidade.

O Dionísio homenageado foi convertido pelo apóstolo Paulo (At. 17:34) durante a sua pregação aos gregos no Areópago, daí ter sido agregado ao seu nome o apelido de Areopagita. O Areópago era o tribunal supremo de Atenas, na Grécia, onde eram decididas as leis e regras gerais de conduta do povo. Só pertenciam a ele cidadãos nascidos na cidade, com posses, cultura e prestígio na comunidade. Dionísio era um destes areopagitas. Era nascido na Grécia, no seio de uma nobre família pagã. Estudou filosofia e astronomia em Atenas. Em seguida foi para o Egito finalizar os estudos da matemática.

Ao regressar à Atenas, foi nomeado juiz. Até ele chegou o apóstolo São Paulo, quando foi acusado ante ao tribunal em que ele se encontrava Dionísio. Santo Dionísio Areopagita ao assistir à eloquente pregação de Paulo, foi o primeiro a se converter. Por isto, conseguiu para si inimigos poderosos entre a elite pagã que comandava a cidade. Foi então que São Paulo acolheu o Areopagita entre seus primeiros discípulos. Logo em seguida, Dionísio foi consagrado pelo próprio apostolo como Bispo de Atenas. Nesta condição, ele fez muitas viagens a terras estrangeiras, para pregar e aprender a cultura dos outros povos.

Segundo se narra, nessas jornadas teria conhecido pessoalmente São Pedro, São Tiago, São Lucas e outros apóstolos. Além dos registros antigos fazerem referência sobre ele na dormição e Assunção da Virgem Maria, a mãe do Filho de Deus. Em Atenas, seus opositores na política conseguiram sua condenação à morte pelo fogo, mas ele se salvou, viajando para se encontrar com o Papa em Roma. Depois só temos a informação do Martirológio Romano, na qual consta que São Dionísio Areopagita morreu sob a perseguição contra os cristãos no ano 95.

 

Santo Dionísio Areopagita, rogai por nós!

 

texto: Prof. Felipe Aquino ed. Cléofas
vídeo: Betinho de Assis


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A “Teologia Mística” é obra de um autor anônimo conhecido pelo nome de Dionísio, o Areopagita ou Dionísio, o teólogo. Este curto tratado, datado do século VI, foi o texto mais lido e meditado pelos pensadores orientais e ocidentais da Idade Média. Sua influência, determinante para as diferentes correntes da mística renana e flamenga, continua se fazendo sentir nos dias de hoje. Jean-Yves Leloup nos oferece aqui uma tradução integral, acrescida das Sete Cartas de Dionísio que prolongam a reflexão.


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Este primeiro volume tem o fascínio de debruçar-se sobre os primórdios do cristianismo, quando quase se sente ainda o alento da presença física do Mestre. Observamos a constituição da Igreja, os seus ímpetos iniciais e os dilemas que teve de resolver desde a primeira hora, o seu assombroso crescimento e desenvolvimento sob a ação do Espírito vivificador. Uma terceira raça, que se desprenderia do judaísmo e se oporia ao paganismo, insere-se agora nos rumos da História, não sem embates dolorosos que se estendem, sangrentos, até o advento de Constantino. Ao longo dos primeiros quatro séculos, o período abrangido por este volume, vamos acompanhando a ação dos Apóstolos, principalmente dessas colunas da Igreja que foram São Pedro e São Paulo; a gesta de sangue dos mártires; o perfil dos grandes santos e dos primeiros forjadores das letras e das artes cristãs; o desenrolar do culto, da liturgia da Missa e da piedade; a formação dos quadros – sempre dentro do marco de uma sociedade que vemos desagregar-se numa lenta agonia, numa exaustão que talvez se esteja repetindo nos tempos atuais, mas que, também como hoje, se abre em última análise à esperança da ´revolução da Cruz´. É todo um processo de revezamento, a que não faltam as sombras d os conflitos internos e o claro-escuro dos erros que se prenunciam.


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