Evangelho do Dia – Bíblia Sagrada

A Bíblia foi escrita num intervalo de tempo de aproximadamente 14 séculos, 1400 anos, desde o séc XIII aC. até o século I depois de Cristo. Isto implica em conceitos diferentes dos nossos; portanto, não se pode ler a Bíblia com a mesma mentalidade e valores do nosso tempo. Algo que era normal naquele tempo pode hoje nos parecer um absurdo; mas Deus quis usar o homem para transmitir a sua Palavra.

Até o primeiro século da era cristã, os judeus da Palestina ainda não haviam estabelecido a lista dos livros inspirados. Enquanto isso, em Alexandria, no Egito, uma próspera colônia judaica, ali estabelecida desde o século 4º aC, falava-se a língua grega. Por isso, sentiu-se a necessidade de traduzir os livros sagrados do hebraico (língua falada na Palestina) para o grego (língua então falada no Egito). Tal tradução, feita entre os anos 300 a 150 aC, passou a ser conhecida com o nome de “Versão dos Setenta”, porque atribuída a 72 tradutores – ou “Alexandrina”, por ter sido feita em Alexandria.
Quando, entre os anos 80 e 100 da era cristã, os judeus da Palestina reunidos em Jâmnia, cidade desse país, decidiram definir o catálogo sagrado (naturalmente, do Antigo Testamento), adotaram alguns critérios – isto é, para ser considerado inspirado, o livro deveria:
1º) ser antigo – quer dizer, não posterior a Esdras (século V aC);
2º) ter sido redigido em hebraico, não em aramaico ou grego;
3º) ter sua origem na Palestina, não em terras estrangeiras;
4º) estar em conformidade com a Lei de Moisés.
Assim, deixaram de ser reconhecidos por aqueles judeus sete livros que pertenciam à “Versão dos Setenta”.
Os critérios estabelecidos por eles para oficializarem o catálogo sagrado tiveram como base uma mentalidade nacionalista, pois predominava naquele grupo uma aversão aos estrangeiros em geral.

Desde o final do primeiro século depois de Cristo, portanto, havia dois catálogos bíblicos entre os judeus. Os cristãos católicos adotaram a edição grega dos Setenta (ou Alexandrina), com os sete livros. E qual a razão? É que os apóstolos, escrevendo os evangelhos e suas cartas, referem-se ao Antigo Testamento não segundo o texto hebraico, adotado pelos judeus da Palestina, mas recorrendo à versão dos Setenta. Das 350 citações do Antigo Testamento que ocorrem no Novo Testamento, 300 são tiradas dessa tradução. Se a edição bíblica dos Setenta (Alexandrina), que incluía os sete livros, fosse infiel ou deturpada, os apóstolos não a teriam usado. Por isso, a Igreja Católica está convicta de que foi o Espírito Santo que inspirou também esses sete livros. São Jerônimo* (+420), quando traduziu a Bíblia para o latim (língua usada no Mediterrâneo, com a dominação romana), utilizou-se da versão dos Setenta. Sua tradução passou a ser conhecida com o nome de “Vulgata” (isto é, comum, usual).

Na Bíblia não há erros; esses são parte de quem a interpreta. Muitas vezes o que para nós hoje tem um sentido, para o autor sagrado quer dizer outra; às vezes ele está usando apenas um artifício de linguagem e nós interpretamos ao pé da letra. Daí a dificuldade de se interpretar certas partes da Escritura. Por isso Jesus deixou o Sagrado Magistério da Igreja (Papa e bispos) para que a sua interpretação não tenha erro.

texto: Prof. Felipe Aquino.
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Adquira o Livro – Todos os caminhos levam a Roma

Este livro traz o emocionante relato do casal Scott e Kimberly Hahn, sobre as suas trajetórias religiosas. Na busca por um maior conhecimento sobre Jesus Cristo, descobrem realidades desconcertantes a respeito da Bíblia e da Igreja Católica, o que acabará provocando uma reviravolta nas suas vidas. Como diz Scott na introdução, é uma história de amor com final feliz, mas que ao longo do percurso tem contornos de um romance policial, e até mesmo de terror.


Adquira o Livro – O Banquete do Cordeiro

Antes de se converter ao catolicismo Scott Hahn passou a assistir a Santa Missa e ficou maravilhado com o que viu; a Bíblia estava diante dos seus olhos; e quando ouviu pela primeira vez o sacerdote pronunciar as palavras da Consagração: “Isto é o meu corpo… Este é o cálice do meu sangue”, sentiu que todas as suas dúvidas se dissiparam. Sendo conhecedor profundo da Bíblia; em especial do Apocalipse, entendeu que a Missa antecipava a festa de núpcias de Cristo com a Igreja, a Noiva do Cordeiro, que São João descreve no final do livro. Sentiu-se diante do trono do Céu, onde Jesus é saudado para sempre como o Cordeiro de Deus.


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