Os cristãos dos primeiros séculos eram adeptos de imagens sacras? Conheça as Catacumbas de Roma.

As Catacumbas de Roma

Sabe-se que na Igreja nascente, desde os primeiros séculos, os cristãos sempre fizeram uso de imagens sacras, trata-se de ciência, fatos históricos comprovados através da arqueologia, como veremos a seguir. No século I, os primeiros cristãos viviam em uma sociedade de maioria pagã e hostil ao cristianismo, os católicos eram perseguidos, suspeitos e acusados ​​falsamente dos piores crimes, torturados, presos, mantidos à distância da sociedade, sentenciados ao exílio ou condenados à morte. Os cristãos de Roma não tinham cemitérios próprios. Se eles possuíam terras, enterravam seus parentes lá, caso contrário, recorriam à cemitérios públicos onde também eram enterrados pagãos. Foi assim que São Pedro apóstolo, mártir, foi sepultado na grande necrópole pública, a “cidade dos mortos”, hoje a colina do Vaticano. Da mesma forma, São Paulo foi enterrado em uma necrópole ao longo da Via Ostiense. Confira no vídeo a seguir:

 

Com o passar dos anos, cada vez mais os cristãos sepultavam seus mortos em subsolos de propriedades particulares de famílias recém-convertidas, essas áreas aumentaram drasticamente, e assim, dezenas de grandes catacumbas foram fundadas em Roma. Sabe-se que as catacumbas abrigaram as primeiras manifestações artísticas da fé católica, os primeiros cristãos expressavam sua fé com imagens pintadas nas paredes e esculpidas em lajes de mármore que selavam os túmulos. A seguir vemos as “Catacumbas de São Marcelino e São Pedro, o exorcista“:

Dentre as maiores e mais importantes catacumbas de Roma, na Via Ápia, estão as “Catacumbas de São Calisto“. Criou-se um complexo cemitério que ocupa uma área de noventa acres, com uma rede de galerias de cerca de vinte quilômetros de extensão, em quatro níveis, com mais de vinte metros de profundidade. Ali foram enterrados milhares de cristãos, dezenas de mártires e dezesseis papas. Assista o vídeo de quando o padre Reginaldo Manzotti esteve no local:

Como vimos, os cristãos perseguidos e mortos pelo império romano nos primeiros séculos, eram adeptos de imagens sacras, assim, evangelizavam os humildes, os simples, as crianças, tornavam as paredes das catacumbas a Bíblia dos iletrados, exerciam função pedagógica de grande alcance e certamente incentivavam o uso das imagens também como forma de avivar a fé.

Nas catacumbas, as imagens que se repetem com mais frequência são: a de Nosso Senhor Jesus Cristo; a de Nossa Senhora; de cenas bíblicas do antigo e do novo testamento; de imagens que remetem aos sacramentos; do crucifixo; e do cristograma, além de outros símbolos cristãos. As catacumbas foram o templo dos primeiros mártires, que chancelaram com o próprio sangue a fidelidade ao Cristo, durante as perseguições, as catacumbas serviam como lugar de refúgio para celebração da Santa Missa.

As catacumbas foram definidas pelos historiadores como “os grandes arquivos” dos primeiros séculos da Igreja, relíquias milenares foram encontradas nesses corredores, mas ainda hoje há muito a ser descoberto em seus extensos labirintos. Recentemente, a sofisticada tecnologia a laser dos arqueólogos e restauradores de arte, tornaram possível a realização de um trabalho especializado nunca executado em catacumbas, descobriram pinturas antigas que estavam encobertas, em um ramal das “Catacumbas de Santa Tecla” que se localizava do lado de fora das muralhas da Roma antiga. São imagens dos rostos dos apóstolos, certamente os retratos já conhecidos foram baseados nestes:

Fonte: Católico Responde.

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Como próximo passo, recomendamos a leitura do estudo a seguir, onde mais questões das imagens e da idolatria são abordadas e respondidas de forma completa, como por exemplo: É lícito ajoelhar-se e beijar algo (objeto ou criatura) que não é Deus? É possível Deus agir (proteger, curar, etc) por intermédio das imagens? Quando começaram os protestos sobre o uso de imagens e por quê? Por que os protestantes da modernidade também acusam a Igreja Católica de adorar imagens? e mais:

As Questões das Imagens e da Idolatria

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