São Teotônio, Mariano e devoto dos Santos Anjos, viveu uma vida retirada para contemplar o Senhor.
Nascido em Ganfei, Portugal, no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.
Homem de oração e penitência, centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.
Ele já era conhecido e respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.
Mariano e devoto dos Santos Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim que, em 18 de fevereiro, esse grande Santo Português, em 1162, partiu para a glória.
São Teotônio, rogai por nós!
Texto: Editora Cléofas
Vídeo: Padre Fernando Santamaria
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A Igreja é santa, esta santidade se manifesta sobretudo nos seus Santos. No céu, diz a liturgia, eles intercedem por nós sem cessar. Desde a sua origem, há dois mil anos, a Igreja cultua os Santos e invoca a sua intercessão. É uma prática confirmada e aprovada pela Sagrada Escritura, pela Sagrada Tradição e pelo Sagrado Magistério, em todos os tempos. Da mesma forma as Imagens e as Relíquias dos Santos têm um grande valor nem sempre conhecido pelos católicos. Por não conhecer a profundidade desse mistério muitos cristãos deixam de ser beneficiados pelos moradores do céu.