Leonardo de Porto Maurício, o santo da via-sacra e da Imaculada Conceição, o frade que salvou o Coliseu de uma ruína total, o pregador inflamado da Paixão de Cristo.
Fez os seus estudos no Colégio Romano e depois entrou no reino de são Boaventura, vestindo aí hábito franciscano. Desenvolveu sua atividade sacerdotal prevalecendo em Florença. As cruzes plantadas por seus confrades fora da Porta de são Miniato tornaram-se para ele outros tantos púlpitos ao aberto. Sobre a eficácia de sua palavra fundam-se alguns episódios da vida do santo. No fim de um discurso sobre a Paixão, na Córsega, os homens, endurecidos pelo ódio secular, descarregaram seus fuzis para cima e se abraçaram em sinal de paz.
Em Florença suas pregações constituíam uma advertência para todos os cidadãos. No jubileu de 1750, proclamado pelo Papa Bento XIV (Lambertini de Bolonha), fez muito sucesso a via-sacra pregada por frei Leonardo aos 27 de dezembro no Coliseu. Era a primeira vez que se celebrava um rito religioso no anfiteatro Flávio. Desde aquele ano a piedosa tradição se mantém até aos nossos dias e toda a Sexta-feira Santa o Papa faz pessoalmente o rito penitencial.
Aquela primeira via-sacra teve também um grande merecimento para a arte: o Coliseu até aquele ano tinha servido como pedreira, mas depois daquela memorável via-sacra foi considerado lugar sagrado, meta de devotas peregrinações, e a sua demolição parou. Frei Leonardo era um grande devoto de Nossa Senhora e um apaixonado defensor da Imaculada Conceição. Convenceu o próprio pontífice a convocar um Concílio, isto é, um referendum entre os bispos, para proceder depois a proclamação do dogma. O Papa Bento XIV (Lambertini de Bolonha) preparou para este fim uma Bula que por várias causas, nunca foi publicada.
Em 1751 frei Leonardo morria no predileto retiro de São Boaventura. Sobre o túmulo do santo foi exposta a carta profética escrita por São Leonardo pouco antes da morte. Nela preconizava-se a proclamação do dogma da Imaculada Conceição.
São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!
Texto: Ed.Cléofas
Vídeo: Padre Fernando Santamaria
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Pierre Barbet foi médico cirurgião francês e, como católico convicto, quis entender a anatomia da crucificação. Para isso, usou seus conhecimentos médicos e experiências laboratoriais para examinar os traços de uma das relíquias mais polêmicas do catolicismo: o Santo Sudário. Desta forma, o estudo dos indícios da veracidade da crucificação de Cristo e sua comprovação por meio da análise científica das provas (sudário, análise anatômica, documentos históricos) acabam por fundamentar as convicções fideístas do autor e sua crença na veracidade da santa mortalha.